O Avestruz ( Mário
Prata)
Tema da aula:
Características e Interpretação de Crônica Narrativa
Público-alvo: turmas do
Ensino Fundamental II
Tempo previsto: 2 aulas
Recursos: cópias do texto
_______________________________________________________________
Objetivo a ser alcançado:
ü Desenvolver
as capacidades de Leitura:
·
Localização de informações;
·
Ativação de conhecimentos prévios; checagem
de hipóteses;
·
Percepção de outras linguagens e elaboração
de apreciações estéticas e afetivas.
Objetivos
específicos:
·
Leitura e compreensão do texto “Avestruz”;
·
Reconhecer o tema discutido na crônica.
Contextualizar com a realidade vivida pelo personagem
Justificativa:
ü Levar
o aluno a comparar e identificar os diversos gêneros de uma mesma tipologia.
Procedimentos
Metodológicos:
ü Discussão oral com os alunos
1-
Levantar
hipóteses e conhecimento prévio sobre o animal “Avestruz”;
·
-Você tem algum animal de estimação?
·
- Qual animal?
·
- Você já viu um avestruz de perto? É um
animal arisco? Ou mais manso?
2-
Checagem
de conhecimentos sobre o gênero ;
·
- O que vocês sabem sobre crônica?
·
- Qual a estrutura desses textos?
·
- Onde são publicados? Quem são os leitores
desses textos?
·
- A crônica apresenta um fato do cotidiano.
Quais trechos do texto comprovam essa característica?
ü Anote na lousa as conclusões que fizeram
com os alunos sobre o assunto discutido.
3-
Leitura em voz alta pelo professor;
O
avestruz ( Mario Prata)
O filho
de uma grande amiga pediu, de presente pelos seus dez anos, uma avestruz.
Cismou, fazer o quê? Moram em um apartamento em Higienópolis, São Paulo. E ela
me mandou um e-mail dizendo que a culpa era minha. Sim, porque foi aqui ao lado
de casa, em Floripa, que o menino conheceu as avestruzes. Tem uma plantação,
digo, criação deles. Aquilo impressionou o garoto.
Culpado,
fui até o local saber se eles vendiam filhotes de avestruzes. E se entregavam
em domicílio.
E fiquei
a observar a ave. Se é que podemos chamar aquilo de ave. A avestruz foi um erro
da natureza, minha amiga. Na hora de criar a avestruz, deus devia estar muito
cansado e cometeu alguns erros. Deve ter criado primeiro o corpo, que se
assemelha, em tamanho, a um boi. Sabe quanto pesa uma avestruz? Entre 100 e 160
quilos, fui logo avisando a minha amiga. E a altura pode chegar a quase três
metros. 2,7 para ser mais exato.
Mas eu estava falando da sua criação por deus.
Colocou um pescoço que não tem
absolutamente nada a ver com o corpo. Não devia
mais ter estoque de asas no paraíso, então colocou asas atrofiadas. Talvez até
sabiamente para evitar que saíssem voando em bandos por aí assustando as demais
aves normais.
Outra
coisa que faltou foram dedos para os pés. Colocou apenas dois dedos em cada pé.
Sacanagem,
Senhor!
Depois
olhou para sua obra e não sabia se era uma ave ou um camelo.
Tanto é
que logo depois, Adão, dando os nomes a tudo que via pela frente, olhou para
aquele ser meio abominável e disse: Struthio camelus australis. Que é o nome
oficial da coisa. Acho que o struthio deve ser aquele pescoço fino em forma de
salsicha.
Pois um
animal daquele tamanho deveria botar ovos proporcionais ao seu corpo. Outro
erro. É grande, mas nem tanto. E me explicava o criador que elas vivem até os
setenta anos e se reproduzem plenamente até os quarenta, entrando depois na
menopausa, não têm, portanto, TPM. Uma avestruz com TPM é perigosíssima!
Podem
gerar de dez a trinta crias por ano, expliquei ao garoto, filho da minha amiga.
Pois ele ficou mais animado ainda, imaginando aquele bando de avestruzes
correndo pela sala do apartamento.
Ele
insiste, quer que eu leve uma avestruz para ele de avião, no domingo. Não sabia
mais o que fazer.
Foi
quando descobri que elas comem o que encontram pela frente, inclusive pedaços
de ferro e madeiras. Joguinhos eletrônicos, por exemplo. máquina digital de
fotografia, times inteiros de futebol de botão e, principalmente, chuteiras. E,
se descuidar, um mouse de vez em quando cai bem.
Parece
que convenci o garoto. Me telefonou e disse que troca o avestruz por cinco
gaivotas e um urubu.
Pedi para
a minha amiga levar o garoto num psicólogo. Afinal, tenho mais o que fazer do
que ser gigolô de avestruz.
PRATA, M.
Avestruz. 5ª série/ 6º ano vol. 2. Caderno aluno p. 9. Caderno do
Professor p. 18
4-
Inferências
locais e globais;
ü Responda
às questões:
·
Você sabe por que os animais possuem nomes
científicos?
·
Em sua opinião, quais as desvantagens de ter
um animal como um avestruz morando em apartamento? E qual a atitude do
personagem depois de constatar essas dificuldades?
·
Você consegue imaginar um outro final para a
história?
5-
Elaboração
de resenha apreciativa acerca do texto Avestruz.
ü Oriente os alunos a escrever uma resenha
com as questões abaixo.
·
Você gostou do texto Avestruz?
·
O que acha dos pais do garoto terem atendido
ao pedido do filho?
·
Deixem um recado para os leitores se
interessarem pela leitura do texto e divulguem em uma rede social de sua
escolha.
Avaliação:
ü Discussão
sobre o tema; análise e produção de resenha apreciativa sobre o texto Avestruz.
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