domingo, 16 de junho de 2013

Plano de aula: O avestruz

       Uma das propostas do curso que estamos realizando, "Melhor Gestão, Melhor Ensino", é postar um plano de aula de aula em nosso blog. Esse plano foi construído em grupo e contemplava as habilidades de leitura propostas por Rosane Rojo em seu texto de divulgação científica "Letramento e capacidades de leitura para a cidadania"


O Avestruz  ( Mário Prata)

Tema da aula: Características e Interpretação de Crônica Narrativa
Público-alvo: turmas do Ensino Fundamental II
Tempo previsto: 2 aulas
Recursos: cópias do texto
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Objetivo a ser alcançado:
ü  Desenvolver as capacidades de Leitura:
·         Localização de informações;
·         Ativação de conhecimentos prévios; checagem de hipóteses;
·         Percepção de outras linguagens e elaboração de apreciações estéticas e afetivas.
Objetivos específicos:
·         Leitura e compreensão do texto “Avestruz”;
·         Reconhecer o tema discutido na crônica. Contextualizar com a realidade vivida pelo personagem
Justificativa:
ü  Levar o aluno a comparar e identificar os diversos gêneros de uma mesma tipologia.
Procedimentos Metodológicos:
ü  Discussão oral com os alunos

1-    Levantar hipóteses e conhecimento prévio sobre o animal “Avestruz”;
·         -Você tem algum animal de estimação?
·         - Qual animal?
·         - Você já viu um avestruz de perto? É um animal arisco? Ou mais manso?

2-    Checagem de conhecimentos sobre o gênero ;
·         - O que vocês sabem sobre crônica?
·         - Qual a estrutura desses textos?
·         - Onde são publicados? Quem são os leitores desses textos?
·         - A crônica apresenta um fato do cotidiano. Quais trechos do texto comprovam essa característica?
ü  Anote na lousa as conclusões que fizeram com os alunos sobre o assunto discutido.

3-     Leitura em voz alta pelo professor;
O avestruz ( Mario Prata)
O filho de uma grande amiga pediu, de presente pelos seus dez anos, uma avestruz. Cismou, fazer o quê? Moram em um apartamento em Higienópolis, São Paulo. E ela me mandou um e-mail dizendo que a culpa era minha. Sim, porque foi aqui ao lado de casa, em Floripa, que o menino conheceu as avestruzes. Tem uma plantação, digo, criação deles. Aquilo impressionou o garoto.
Culpado, fui até o local saber se eles vendiam filhotes de avestruzes. E se entregavam em domicílio.
E fiquei a observar a ave. Se é que podemos chamar aquilo de ave. A avestruz foi um erro da natureza, minha amiga. Na hora de criar a avestruz, deus devia estar muito cansado e cometeu alguns erros. Deve ter criado primeiro o corpo, que se assemelha, em tamanho, a um boi. Sabe quanto pesa uma avestruz? Entre 100 e 160 quilos, fui logo avisando a minha amiga. E a altura pode chegar a quase três metros. 2,7 para ser mais exato.
Mas eu estava falando da sua criação por deus. Colocou um pescoço que não tem
absolutamente nada a ver com o corpo. Não devia mais ter estoque de asas no paraíso, então colocou asas atrofiadas. Talvez até sabiamente para evitar que saíssem voando em bandos por aí assustando as demais aves normais.
Outra coisa que faltou foram dedos para os pés. Colocou apenas dois dedos em cada pé.
Sacanagem, Senhor!
Depois olhou para sua obra e não sabia se era uma ave ou um camelo.
Tanto é que logo depois, Adão, dando os nomes a tudo que via pela frente, olhou para aquele ser meio abominável e disse: Struthio camelus australis. Que é o nome oficial da coisa. Acho que o struthio deve ser aquele pescoço fino em forma de salsicha.
Pois um animal daquele tamanho deveria botar ovos proporcionais ao seu corpo. Outro erro. É grande, mas nem tanto. E me explicava o criador que elas vivem até os setenta anos e se reproduzem plenamente até os quarenta, entrando depois na menopausa, não têm, portanto, TPM. Uma avestruz com TPM é perigosíssima!
Podem gerar de dez a trinta crias por ano, expliquei ao garoto, filho da minha amiga. Pois ele ficou mais animado ainda, imaginando aquele bando de avestruzes correndo pela sala do apartamento.
Ele insiste, quer que eu leve uma avestruz para ele de avião, no domingo. Não sabia mais o que fazer.
Foi quando descobri que elas comem o que encontram pela frente, inclusive pedaços de ferro e madeiras. Joguinhos eletrônicos, por exemplo. máquina digital de fotografia, times inteiros de futebol de botão e, principalmente, chuteiras. E, se descuidar, um mouse de vez em quando cai bem.
Parece que convenci o garoto. Me telefonou e disse que troca o avestruz por cinco gaivotas e um urubu.
Pedi para a minha amiga levar o garoto num psicólogo. Afinal, tenho mais o que fazer do que ser gigolô de avestruz.

PRATA, M. Avestruz. 5ª série/ 6º ano vol. 2. Caderno aluno p. 9. Caderno do Professor p. 18


4-    Inferências locais e globais;
ü  Responda às questões:
·         Você sabe por que os animais possuem nomes científicos?
·         Em sua opinião, quais as desvantagens de ter um animal como um avestruz morando em apartamento? E qual a atitude do personagem depois de constatar essas dificuldades?
·         Você consegue imaginar um outro final para a história?

5-    Elaboração de resenha apreciativa acerca do texto Avestruz.
ü  Oriente os alunos a escrever uma resenha com as questões abaixo.    
·         Você gostou do texto Avestruz?
·         O que acha dos pais do garoto terem atendido ao pedido do filho?
·         Deixem um recado para os leitores se interessarem pela leitura do texto e divulguem em uma rede social de sua escolha.

Avaliação:
ü  Discussão sobre o tema; análise e produção de resenha apreciativa sobre o texto Avestruz.







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